sexta-feira, 2 de março de 2012

“Um cara para segurar a sua mão” ou “e você, se importa?”

Cena do filme "Mozart & the Whale", em português chamado de "Louco de amor"

Existem motivos para dizermos adeus, ele nunca é gratuito. Sentir que não se pode contar com aquela pessoa é um deles.

Entenda: mulheres que dizem adeus são cheias de segurança. Elas sabem o que fazer e em que hora. São adultas e donas do próprio mundo e às vezes do mundo dos outros também. São independentes financeiramente, resolvem os problemas, planejam rotinas, distribuem regras, calculam o vencimento do cheque especial, fazem as compras do mercado, ajudam os amigos, dão conselho pra família, abraçam causas alheias. E fazem tudo isso na maior parte do tempo por intuição ou necessidade, porque é preciso fazer e porque ninguém faz melhor que elas. Ponto. Mas tem algumas horas que nos matam.
Essas horas são aquelas que, mesmo com toda essa força, precisamos de alguém pra segurar a nossa mão. E sim, que esse alguém seja um homem por quem tenhamos o mínimo de interesse, se é que me entende.
Ter uma pessoa especial pra abraçar em momentos difíceis é o básico do básico de qualquer relacionamento, seja ele de 20 anos ou de três semanas, cheio de juras de amor ou só de encontros casuais onde se resolve que estar junto é bom e pronto. O importante é sentir que aquela pessoa se importa e que o fim do dia pode trazer um abraço apertado.

Importar-se. Dizemos adeus para quem não se importa. Existem coisas bem significativas com as quais as pessoas saudáveis afetivamente se importam. Morte na família, doenças, perda de um emprego, enfim, problemas que não são resolvidos do dia pra noite, que não podem ser exorcizados com um happy hour entre amigos. Problemas que nós não necessariamente queremos sair espalhando por aí, afinal, vitimização é um mal do qual fugimos como o diabo da cruz, mas que podem ser amenizados com o mínimo de gentileza. Outros chamariam de inteligência emocional, mas vamos pegar leve. Ou não.

Mulheres podem ser atacadas por hormônios terroristas uma vez por mês, podem gritar aos quatro cantos coisas ininteligíveis, podem mudar de humor de acordo com a quantidade de chocolate disponível na despensa. Mas elas não dizem adeus à toa.

E você, é dos times dos que se importam?

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